Após superar a proibição para atuarem na fiscalização tributária, o que só foi possível a partir de meados da década de 1950, a participação feminina em nosso cargo se consolida a cada ano.

Na Receita Federal, como é comum em outros ambientes de trabalho, as mulheres se desdobram para cumprir com zelo e dedicação suas atribuições profissionais e, concomitantemente, serem as principais responsáveis pelo cuidado com os filhos e as tarefas domésticas, haja vista ainda não ser uma prática comum a divisão igualitária entre homens e mulheres dessas tarefas.

A chamada dupla jornada de trabalho sobrecarrega a mulher que se cobra para exercer com excelência essa dupla função. Essa sobrecarga prejudica e limita o pleno desenvolvimento profissional da mulher.

Isso se evidencia quando constatamos que a participação da mulher em cargos de chefia na maioria das instituições, e a Receita Federal não é uma exceção, está aquém da presença feminina nessas instituições.

Paralelo a isso, temos a questão da violência contra a mulher, violência que se dá em vários ambientes, notadamente no ambiente doméstico, compreendendo desde a violência física, passando pela psicológica, moral e sexual, todas repugnantes e dignas de nosso repúdio.

Nesse oito de março, a Delegacia Sindical de Salvador do Sindifisco Nacional ao tempo em que parabeniza a mulher Auditora pela passagem do seu dia, faz um chamado à reflexão sobre a necessidade de se buscar um equilíbrio na divisão de tarefas entre homens e mulheres, e que se elimine toda prática que represente óbice ao pleno desenvolvimento profissional e pessoal da mulher.